Olá, pessoas.
Como disse no meu Twitter agora há pouco, terminei de assistir esse filme e confesso que fiquei passada.
Historinha rápida: tenho uma cópia desse filme há uns anos aqui em casa. Um amigo cinéfilo tinha me dado, mas eu sempre protelava para assistir. Começava e parava. Acho que é porque eu já sabia que o filme ia mexer comigo. Daí, comprei o DVD dia desses e tomei coragem.
Labirinto do Fauno é uma co-produção de Espanha, México e EUA, lançado em 2006 e escrito, dirigido e produzido por Guillermo Del Toro. O filme foi indicado para seis Oscars e arrematou 3 estatuetas: melhor direção de arte, fotografia e maquiagem.
A fotografia toda do filme é muito sombria. Cores escuras, sombras, iluminação quase todo o tempo amarelada ou azulada, sempre no centro da tela, deixando os cantos do enquadramento sempre na penumbra, como se para dar a impressão de que há sempre mais alguma coisa ali além do que você está vendo. São poucas as cenas externas e, mesmo assim, elas são tensas, claustrofóbicas mesmo.
Ofélia, a menina que protagoniza toda a ação, é a inocência no meio da guerra, da selvageria e da crueldade. Vidal, o padrasto, capitão de uma guarnição do exército fascista, é um dos vilões mais cruéis que já vi nas telas. E Mercedes, a cozinheira, espiã e aliada involuntária de Ofélia, se transforma na heroína inesperada desta história, aquela que redime (quase) tudo e todos.
A maquiagem e os efeitos especiais são um caso a parte. Belíssimos, sem exageros tecnológicos nem ostentações hollywoodianas. Destaco a cena do Homem-Pálido que, na minha opinião, pode ir para o rol dos maiores clássicos do horror. Maquiagem perfeita, timming idem.
Outro ponto alto é a reviravolta que a descoberta das atividades de Mercedes causa no equilíbrio do filme. Preparem-se para outra cena fortíssima quando Vidal, o malvadão, pensa que está com a faca e o queijo na mão e acaba com uma segunda boca - literalmente - feita pela doce Mercedes.
No fim das contas O Labirinto do Fauno é uma fábula para adultos, um exercício sobre guerra e paz, amor e ódio, vida e morte. é também um conto fantástico, que mistura a fantasia dos Irmãos Grimm com o fantástico e sombrio mundo de Edgar Allan Pöe e H P Lovecraft no mesmo caldeirão. O resultado ficou ótimo!
BJS da Drica ;-)
(PS: para quem quer assistir com boa qualidade, comprei meu DVD na Americanas, numa daquelas banquinhas mágicas de liquidação, por 12,90)
Como disse no meu Twitter agora há pouco, terminei de assistir esse filme e confesso que fiquei passada.
Historinha rápida: tenho uma cópia desse filme há uns anos aqui em casa. Um amigo cinéfilo tinha me dado, mas eu sempre protelava para assistir. Começava e parava. Acho que é porque eu já sabia que o filme ia mexer comigo. Daí, comprei o DVD dia desses e tomei coragem.
Labirinto do Fauno é uma co-produção de Espanha, México e EUA, lançado em 2006 e escrito, dirigido e produzido por Guillermo Del Toro. O filme foi indicado para seis Oscars e arrematou 3 estatuetas: melhor direção de arte, fotografia e maquiagem.
SINOPSE:
Espanha, 1944. Oficialmente a Guerra Civil já terminou, mas um grupo de rebeldes ainda luta nas montanhas ao norte de Navarra. Ofelia (Ivana Baquero), de 10 anos, muda-se para a região com sua mãe, Carmen (Ariadna Gil). Lá as espera seu novo padrasto, um oficial fascista que luta para exterminar os guerrilheiros da localidade. Solitária, a menina logo descobre a amizade de Mercedes (Maribel Verdú), jovem cozinheira da casa, que serve de contato secreto dos rebeldes. Além disso, em seus passeios pelo jardim da imensa mansão em que moram, Ofelia descobre um labirinto que faz com que todo um mundo de fantasias se abra, trazendo consequências para todos à sua volta.RESENHA & SPOILLERS :
Fazia tempo em que um filme não prendia minha atenção assim. A cena inicial, um plano que vai se fechando sobre uma menina ferida e caída no chão, já dá a idéia de que, apesar do título e do toque de fantasia, O Labirinto do Fauno não é um filme para crianças.A fotografia toda do filme é muito sombria. Cores escuras, sombras, iluminação quase todo o tempo amarelada ou azulada, sempre no centro da tela, deixando os cantos do enquadramento sempre na penumbra, como se para dar a impressão de que há sempre mais alguma coisa ali além do que você está vendo. São poucas as cenas externas e, mesmo assim, elas são tensas, claustrofóbicas mesmo.
Ofélia, a menina que protagoniza toda a ação, é a inocência no meio da guerra, da selvageria e da crueldade. Vidal, o padrasto, capitão de uma guarnição do exército fascista, é um dos vilões mais cruéis que já vi nas telas. E Mercedes, a cozinheira, espiã e aliada involuntária de Ofélia, se transforma na heroína inesperada desta história, aquela que redime (quase) tudo e todos.
A maquiagem e os efeitos especiais são um caso a parte. Belíssimos, sem exageros tecnológicos nem ostentações hollywoodianas. Destaco a cena do Homem-Pálido que, na minha opinião, pode ir para o rol dos maiores clássicos do horror. Maquiagem perfeita, timming idem.
Outro ponto alto é a reviravolta que a descoberta das atividades de Mercedes causa no equilíbrio do filme. Preparem-se para outra cena fortíssima quando Vidal, o malvadão, pensa que está com a faca e o queijo na mão e acaba com uma segunda boca - literalmente - feita pela doce Mercedes.
No fim das contas O Labirinto do Fauno é uma fábula para adultos, um exercício sobre guerra e paz, amor e ódio, vida e morte. é também um conto fantástico, que mistura a fantasia dos Irmãos Grimm com o fantástico e sombrio mundo de Edgar Allan Pöe e H P Lovecraft no mesmo caldeirão. O resultado ficou ótimo!
BJS da Drica ;-)
(PS: para quem quer assistir com boa qualidade, comprei meu DVD na Americanas, numa daquelas banquinhas mágicas de liquidação, por 12,90)
Comentários
A canção de ninar assustadora, que dá um medo!
Mas o filme é muito bom!
Sua resenha ficou maravilhosa.
Beijos
Ahhh tb encontrei ele numa promo nas americanas...kkkk